Na tarde desta quarta-feira (15), os militantes políticos capixabas, mortos e desaparecidos durante o período da ditadura militar no Brasil, foram homenageados com a inauguração do Memorial Pessoas Imprescindíveis - Homenagem aos Desaparecidos Políticos, na Praça Costa Pereira, no Centro da capital capixaba. Participaram da solenidade a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, o vice- governador Givaldo Vieira, o prefeito de Vitória, João Coser, o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Coelho e o subsecretário de Direitos Humanos, Perly Cipriano.
O monumento em praça pública faz parte do projeto Direito à Memória e à Verdade – Exposições e Memoriais que pretende, além de manter viva a memória daqueles que foram presos, exilados, torturados e mortos em defesa de uma sociedade democrática, levar aos cidadãos parte da história do Brasil que durante 21 anos foi comandado pela ditadura militar.
Vice governador Givaldo Vieira
“Então, este memorial que está fixado aqui a partir de hoje é de grande
importância, sobretudo para uma geração que não viveu este período.
Quando dei os primeiros passos na luta social, muitos companheiros já
tinham vivenciado a ditadura. Nasci durante o período, mas não o vivi
intensamente já que era criança. Mas, desejo que este tempo não seja
esquecido. Graças à luta de diversos companheiros conquistamos a
democracia. Por isso, acredito que a sociedade brasileira e a capixaba
não devem permitir que a ditadura volte jamais”, afirmou o
vice-governador.
Givaldo Vieira disse ainda que a lembrança daqueles que se dedicaram à luta pela democracia traz o compromisso com os direitos humanos. “Quero aproveitar para homenagear os familiares dos mortos e desaparecidos, porque eles sim sofreram uma grande dor, que nós não podemos imaginar, e também homenagear aqueles que sobreviveram. Temos que reconhecer também o trabalho do Governo Federal que vem atuando fortemente em prol da política dos direitos humanos por meio dos debates e ações. No Estado, também temos este compromisso com a vida”, concluiu.
Givaldo Vieira disse ainda que a lembrança daqueles que se dedicaram à luta pela democracia traz o compromisso com os direitos humanos. “Quero aproveitar para homenagear os familiares dos mortos e desaparecidos, porque eles sim sofreram uma grande dor, que nós não podemos imaginar, e também homenagear aqueles que sobreviveram. Temos que reconhecer também o trabalho do Governo Federal que vem atuando fortemente em prol da política dos direitos humanos por meio dos debates e ações. No Estado, também temos este compromisso com a vida”, concluiu.
Ministra Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes
“Nós estamos aqui para homenagear e reconhecer aqueles que bravamente
lutaram para que a democracia imperasse em nosso País. Eu quero em nome
do governo brasileiro, pedir perdão pelas injustiças e pelas atrocidades
que foram feitas com esses capixabas, que se tornaram heróis nacionais
pela luta por um Brasil livre”, afirmou a ministra.
Secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Coelho
“É importante retratar e lembrar, que se vivemos em um ambiente
democrático, se livremente podemos manifestar as nossas opiniões,
devemos agradecer a esses homens e mulheres que dedicaram as suas vidas,
e alguns deram as vidas, em troca dessa liberdade”, afirmou o
secretário Rodrigo Coelho.
Sebsecretário de Direitos Humanos, Perly Cipriano
“A homenagem se estende também aos sobreviventes que tiveram suas vidas
modificadas por conta das torturas e humilhações e do testemunho de
assassinatos e desaparecimentos de colegas. Fico extremamente feliz com
essa homenagem a todos aqueles que lutaram por um Brasil melhor”, disse o
emocionado Perly Cipriano, subsecretário estadual de Direitos Humanos.
No período de 1964 a 1985, estima-se que em todo Brasil ao menos 50 mil pessoas foram presas nos primeiros meses da ditadura, que aproximadamente 20 mil brasileiros passaram por sessões de tortura e 356 cidadãos morreram ou desapareceram. Esses dados não são exatos, pois nunca foram devidamente apurados.
Os capixabas João Gualberto Calatroni, Lincon Bicalho Roque, Arildo Valadão, José Maurílio Patrício e Orlando Bonfim foram escolhidos para representar, no Espírito Santo, todas as demais vítimas do Estado que sofreram com a repressão e os horrores desse período obscuro da história do Brasil.
O projeto Direito à Memória e à Verdade – Exposições e Memórias já inaugurou, em todo Brasil, 28 monumentos públicos. As homenagens são realizadas em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e com o Governo do Estado que, no caso do Espírito Santo, conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Vitória.
No período de 1964 a 1985, estima-se que em todo Brasil ao menos 50 mil pessoas foram presas nos primeiros meses da ditadura, que aproximadamente 20 mil brasileiros passaram por sessões de tortura e 356 cidadãos morreram ou desapareceram. Esses dados não são exatos, pois nunca foram devidamente apurados.
Os capixabas João Gualberto Calatroni, Lincon Bicalho Roque, Arildo Valadão, José Maurílio Patrício e Orlando Bonfim foram escolhidos para representar, no Espírito Santo, todas as demais vítimas do Estado que sofreram com a repressão e os horrores desse período obscuro da história do Brasil.
O projeto Direito à Memória e à Verdade – Exposições e Memórias já inaugurou, em todo Brasil, 28 monumentos públicos. As homenagens são realizadas em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e com o Governo do Estado que, no caso do Espírito Santo, conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Vitória.
Foto: Nestor Muller
Nenhum comentário:
Postar um comentário